domingo, 8 de julho de 2012



Dores causadas pela fibromialgia pioram no inverno
http://www.uniara.com.br/noticias/?n=34675
Publicado em: 09/05/2012

No inverno, as dores causadas pela fibromialgia pioram causando
desconforto nos doentes. Considerada uma doença crônica, a
fibromialgia tem como principal característica dores em várias
partes do corpo, porém, segundo o reumatologista e professor do
Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Fábio Andrade
Malara, as dores não são acompanhadas de deformidades ou sinais
de inflamação no local atacado. Muitas pessoas que apresentam
doenças crônicas como essa afirmam sentir mais dores e incômodo
do que o normal.

“No inverno, em algumas pessoas, as dores pioram por causa da
maior contratura dos músculos devido ao frio. Porém, outras
afirmam que no calor as dores são mais intensas. Isto varia muito
de paciente para paciente”, comenta Malara. Segundo ele, todas as
partes do corpo podem ficar doloridas, não necessariamente de
forma generalizada. “Em um momento dói uma região, depois dói em
outro local. Não existe coerência no ritmo da dor, e isso
inclusive chama a atenção para o diagnóstico”, explica.

O reumatologista salienta que o diagnóstico da doença é clínico,
pois não existem exames complementares que indiquem a
fibromialgia. Ele explica que é muito comum os sintomas estarem
relacionados com alterações no estado emocional do paciente. “O
estresse é o principal fator que desencadeia os sintomas, ou
mesmo as crises de dor e fadiga, porém, o desenvolvimento pode
ser genético, pois geralmente acomete mulheres dentro da mesma
família”, afirma.

O segundo sintoma bem característico da fibromialgia é a fadiga,
que faz o paciente sentir sensação de cansaço físico logo ao
acordar. A doença também tem como sintomas dores de cabeça,
alteração do hábito intestinal (síndrome do intestino irritável),
formigamentos, cãibras e alterações no humor.

De acordo com o professor, a maioria das pessoas que apresentam a
fibromialgia tem um temperamento perfeccionista e detalhista. “Ao
assumirem várias tarefas, apresentam desgaste emocional, que
muitas vezes pode estar envolvido com os sintomas da doença”,
explica.

Malara explica que alguns medicamentos lançados recentemente
melhoram a sensação dolorosa, a ansiedade e a qualidade do sono.
Porém, o mais importante no tratamento é mudar o estilo de vida,
buscando meios de aliviar o estresse e o “nervosismo” do dia-a-
dia.

“Exercícios físicos regulares, principalmente os aeróbicos, como
caminhada, hidroginástica e bicicleta, ajudam muito no tratamento
da doença. No início é recomendável que seja de forma leve, sem
muito impacto nem muita carga, porém regular”, orienta o
reumatologista.

O professor explica que a faixa etária das pessoas que apresentam
a doença é, em média, de 35 a 40 anos, tanto em homens quanto em
mulheres. “Mas existem crianças e idosos com fibromialgia. Nessas
faixas etárias devemos pesquisar criteriosamente outras causas
para os sintomas”, conclui.

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