terça-feira, 1 de janeiro de 2013

"FIBROMIALGIA, LUPUS, SINDROME DE SJOGREEN E TANTAS OUTRAS..."

Descobrir que é portador d e uma dessas doenças Crônics e Auto-Imunes
Desde que nasceu, e conviver 24horas por dia com Dores Terríveis
Que não passam ao longo dos anos e dos Tratamentos
Já é Terrível e Doloroso de todas as Formas
Agora descobrir que seu (a) filho (a) herdou
A mesma genética que você é SOFRIMENTO SEM FIM...
Já nascemos assim, não podemos evitar ou escolher ser diferentes
Por isso nos UNIR e nos INFORMAR É O QUE NOS RESTA.

"nenhuma criança ou jovem deveria passar por dores incuráveis e tão insuportáveis"










Adolescentes com Lúpus Eritematoso Sistêmico: Um Estudo Por Meio do Método de Rorschach




RESUMO – Características da Personalidade de Adolescentes com Lúpus Eritematoso sistêmico (LES) foram estudadas por meio do método de Rorschach e da Escala Wechsler de Inteligência. A atividade da doença foi avaliada através do Índice de Atividade do LES (SLEDAI). Na Escala Wechsler, o QI médio do Grupo Índice foi menor que o do Grupo Controle. No Rorschach, as pacientes com lúpus apresentaram maior dificuldade nas relações interpessoais e na auto-estima, porém com recursos para processar afeto e tolerar estresse. Foi observada correlação positiva moderada entre o índice da atividade da doença e a proporção de constrição afetiva: quanto maior o escore do SLEDAI, menor a capacidade para processar emoção. A correlação entre o SLEDAI e o QI foi positiva: quanto maior o índice de atividade do LES, menos recursos intelectuais se mostram disponíveis.
Palavras-chave: lúpus eritematoso sistêmico; adolescentes; Rorschach.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença auto-imune, de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial, que acomete o tecido conectivo de vários órgãos. Sua evolução apresenta períodos de atividade e remissão, que podem ser desencadeados por fatores genéticos, infecciosos, hormonais, ambientais e mesmo psicológicos. É considerada uma enfermidade crônica, de caráter imprevisível, que atinge vários sistemas do organismo, simultânea ou sucessivamente, muitas vezes levando à falência de órgãos vitais ou comprometendo definitivamente suas funções (Antolín & Amérigo, 1996).
Em estudos norte-americanos, a incidência estimada de LES na população é de 5,7 a 7,6 casos por ano para cada 100 mil habitantes, com prevalência variando de 1/2000 a 1/10000. Acomete predominantemente indivíduos jovens, do sexo feminino, na proporção de cerca de dez mulheres para cada homem. O desequilíbrio imunológico no LES caracteriza-se pela perda da tolerância imunológica, desenvolvimento de auto-anticorpos e resposta citotóxica contra auto-antígenos, desencadeando fenômenos inflamatórios que levam à lesão tecidual e/ou a destruição celular (Cervera & Ingelmo, 1996; Gómez-Reino, 1996).
A prevalência de manifestações psicopatológicas no LES varia de 12% a 59% (Hanly, Fisk, Sherwood & Eastwood, 1994; Shapiro, 1997). As alterações mais intimamente relacionadas ao Sistema Nervoso Central são: psicose, epilepsia, estados confusionais, desorientação e distúrbios de atenção (Modrego, Venegas, Cuenca, Moreno & Delgado, 1994; Ward & Studenski, 1991).
Os transtornos neuropsiquiátricos são freqüentes, com uma incidência de 24% a 51%. A vasculite é a mais comumente responsável por transtornos cognitivos, cefaléia, mielopatia, papiledema, disfunções neurológicas focalizadas ou generalizadas e Síndrome Mental Orgânica (Ellis & Verity, 1979; Wallace & Metzger, 1997).
Embora o mecanismo patogênico envolvido no lúpus neuropsiquiátrico seja






1 A pesquisa contou com financiamento integral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.


2 Endereço: Rua Napoleão de Barros, 447 ap. 41, Vila Clementino, São Paulo, SP, Brasil 04024-001. E-mail: antunezaea@uol.com.br



 

 


 

Nenhum comentário: